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Tribunal russo rejeita recurso de detenção de repórter dos EUA em caso de espionagem

Ele é o primeiro jornalista ocidental desde a era soviética a ser preso por Moscou sob acusação de espionagem.

Moscou, Rússia:

Um tribunal de Moscovo negou esta terça-feira o recurso do jornalista norte-americano Evan Gershkovich contra a prorrogação da sua prisão preventiva no caso de espionagem que ele e as autoridades norte-americanas rejeitaram como falso.

Gershkovich, 32 anos, repórter do Wall Street Journal, está na famosa prisão de Lefortovo, em Moscou, há mais de um ano, depois de ter sido preso durante uma viagem de reportagem à Rússia.

Ele é o primeiro jornalista ocidental desde a era soviética a ser preso por Moscovo sob acusações de espionagem – acusações que ele, o seu empregador e o governo dos EUA rejeitam.

“O primeiro tribunal de recurso decidiu que a ordem de 26 de março de 2024 sobre a prorrogação da medida preventiva deve permanecer inalterada”, disse o juiz Alexander Pushkin na audiência de terça-feira, informou um jornalista da AFP no tribunal.

A audiência foi um recurso técnico contra uma decisão anterior de manter Gershkovich detido pelo menos até 30 de junho enquanto se aguarda um julgamento, mas não dizia respeito ao mérito do caso.

O repórter – que trabalhava para a AFP e o The Moscow Times na capital russa – estava em uma plataforma de vidro no tribunal, vestindo calças escuras, uma camiseta branca e uma camisa escura.

Ele sorriu e fez sinal de positivo quando um repórter perguntou como ele estava.

Moscovo não forneceu quaisquer detalhes públicos do seu caso contra Gershkovich, dizendo apenas que ele foi “apanhado em flagrante” na cidade de Yekaterinburg, nos Urais, em Março passado.

A Rússia disse que há discussões nos bastidores sobre uma possível troca de prisioneiros envolvendo Gershkovich.

O presidente Vladimir Putin deu a entender publicamente que Moscovo gostaria de ver a libertação de um homem que a Alemanha diz estar a trabalhar para o Estado russo quando matou um comandante rebelde checheno como parte de um acordo para libertar Gershkovich.

Washington acusou repetidamente Moscovo de prender cidadãos norte-americanos numa tentativa de usá-los como peões para garantir a libertação de russos presos no estrangeiro por crimes graves.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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