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Israel deve “garantir assistência humanitária urgente” em Gaza: Tribunal Mundial

Israel deve ‘garantir assistência humanitária urgente’ em Gaza: Tribunal Mundial

A campanha de retaliação de Israel matou 32.552 pessoas, segundo o ministério da saúde do Hamas. (Arquivo)

Haia, Holanda:

O mais alto tribunal do mundo ordenou na quinta-feira que Israel “garantisse assistência humanitária urgente” em Gaza sem demora, dizendo que “a fome se instalou”.

“Israel deverá… tomar todas as medidas necessárias e eficazes para garantir, sem demora… a prestação sem entraves… de serviços básicos e assistência humanitária urgentemente necessários”, em Gaza, afirmou o Tribunal Internacional de Justiça.

“Os palestinianos em Gaza já não enfrentam apenas o risco de fome, mas… a fome está a instalar-se”, afirmou o tribunal com sede em Haia.

A guerra eclodiu depois que agentes do Hamas atacaram Israel a partir de Gaza, em 7 de outubro, resultando em cerca de 1.160 mortes – a maioria civis – de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.

Os agentes do Hamas também capturaram cerca de 250 reféns, dos quais Israel acredita que 130 permanecem em Gaza, incluindo 34 que são considerados mortos.

A campanha de retaliação de Israel matou pelo menos 32.552 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o ministério da saúde em Gaza, controlada pelo Hamas.

No TIJ, a África do Sul acusou Israel de estar a perpetrar um genocídio em Gaza, uma acusação negada por Israel.

Pretória arrastou Israel perante o tribunal, dizendo que estava a violar as suas obrigações ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Genocídio de 1948, e instando o tribunal a ordenar um cessar-fogo.

Numa decisão de meados de Janeiro que chegou às manchetes em todo o mundo, o TIJ ordenou que Israel fizesse tudo o que estivesse ao seu alcance para evitar o genocídio durante a sua ofensiva em Gaza.

O tribunal também decidiu que Israel deve permitir a entrada de ajuda em Gaza para aliviar a situação humanitária desesperada ali.

A África do Sul apresentou um pedido de novas medidas algumas semanas mais tarde, citando uma incursão anunciada em Rafah, mas o tribunal recusou-se a impor medidas adicionais.

Implacável, Pretória tentou novamente – desta vez instando o tribunal a impor medidas de emergência para “salvar o povo palestiniano em Gaza, que já está a morrer de fome”.

Israel disse em sua defesa que a África do Sul estava “envolvida numa exploração abusiva dos procedimentos do tribunal”.

Mas os juízes do TIJ afirmaram na quinta-feira que as decisões de meados de Janeiro “não abordam completamente as consequências decorrentes das mudanças na situação… justificando assim a modificação destas medidas”.

O TIJ foi criado para decidir sobre litígios entre Estados e, embora os seus acórdãos sejam juridicamente vinculativos, dispõe de poucos meios para os aplicar.

Por exemplo, o tribunal ordenou à Rússia que suspendesse a invasão da Ucrânia, sem sucesso.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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