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Mistério, escândalos e especulações: o histórico do Bitcoin

Mais de 15 anos após a sua invenção, ninguém conseguiu nomear o seu fundador.

Paris, França:

O Bitcoin, que acaba de atingir um preço recorde de US$ 69.000, é a criptomoeda mais famosa, mas permanece envolta em mistério e controvérsia.

Criador misterioso

Mais de 15 anos após a sua invenção, ninguém conseguiu nomear o seu fundador.

As bases do dinheiro virtual foram lançadas em um “livro branco” de nove páginas lançado em 31 de outubro de 2008 por Satoshi Nakamoto. Ele teorizou “uma versão puramente ponto a ponto do dinheiro eletrônico (que) permitiria que pagamentos on-line fossem enviados diretamente de uma parte para outra, sem passar por uma instituição financeira”.

E estaria livre do controlo dos bancos centrais, tradicionalmente as únicas instituições que podem criar dinheiro.

Mas Satoshi é um nome verdadeiro, um pseudônimo ou uma equipe de pessoas? Várias teorias surgiram ao longo dos anos, mas o mistério permanece.

Craig Wright, um empresário australiano e técnico de informática, afirma desde 2016 ter escrito o white paper e um julgamento está em andamento em Londres para determinar se ele está dizendo a verdade.

Desde a sua criação, o bitcoin tem sido acusado de ser a moeda preferida na dark web para pagamentos ilegais que não deixam rastros. É notavelmente a moeda que os hackers geralmente exigem para serem pagos durante ataques de ransomware.

Grandes colapsos

O mundo das criptomoedas também foi abalado nos últimos anos por falências de alto nível e pela queda dramática de vários empreendedores famosos.

Changpeng Zhao, que era chefe da maior plataforma de criptomoeda do mundo, Binance, se declarou culpado de violar as leis antilavagem de dinheiro nos Estados Unidos.

Seu principal rival, a FTX, faliu no final de 2023, e seu fundador, Sam Bankman-Fried, foi considerado culpado de diversas acusações, incluindo fraude, conspiração e lavagem de dinheiro.

Dois especialistas do Banco Central Europeu (BCE) afirmaram num blog no mês passado que “o bitcoin falhou na promessa de ser uma moeda digital descentralizada global e ainda é pouco utilizado para transferências legítimas”.

“A última aprovação de um ETF não muda o fato de que o Bitcoin não é adequado como meio de pagamento ou como investimento. O valor justo do Bitcoin ainda é zero.”

Tentativas de ser respeitável

Embora muitos investidores em bitcoin estejam lá apenas para fins especulativos, ele ganhou alguma respeitabilidade nos últimos anos.

Os reguladores financeiros dos EUA aprovaram no início de janeiro “ETFs” de bitcoin – ou fundos negociados em bolsa – que permitem que um público mais amplo invista indiretamente em criptomoedas, sem ter que detê-las diretamente. Esta decisão foi a principal razão para o aumento dos preços que levou ao novo recorde de terça-feira.

El Salvador, em setembro de 2021, tornou-se o primeiro país a aceitar o bitcoin como moeda legal. Mas o dinheiro criptográfico não conquistou a população do país.

De acordo com um estudo da Universidade da América Central (UCA), 88% dos salvadorenhos nunca o usaram em 2023.

Alguns comerciantes disseram que o aceitarão como meio de pagamento, incluindo o bilionário Elon Musk, que declarou em 2021 que venderia carros Tesla por bitcoins – antes de mudar de ideia, argumentando que sua produção era muito poluente e que ele só aceitaria quando era menos poluente.

Baseado em blockchain

Bitcoin é baseado na tecnologia blockchain, um livro-razão virtual que permite que informações sejam armazenadas e trocadas de maneira segura, secreta e inalterável. Cada transação é registrada em tempo real, em um registro inviolável.

Bitcoins são criados – ou “extraídos” – como uma “recompensa” quando poderosos computadores sugadores de energia resolvem problemas complexos. Os chamados “mineradores” validam as transações para criar bitcoins.

Para evitar um crescimento incontrolável, Satoshi Nakamoto limitou o número global de unidades monetárias a 21 milhões, nível que deverá ser alcançado por volta de 2140.

E a cada quatro anos, a recompensa para os “mineiros” é reduzida em duas. A próxima “redução pela metade” está prevista para abril, o que desacelerará a taxa de entrada de novos bitcoins no mercado, aumentando ainda mais sua escassez – e seu valor.

(Esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é gerada automaticamente a partir de um feed distribuído.)

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