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Maioria das mortes de migrantes nos últimos 10 anos por afogamento: ONU

Mais de 8.500 pessoas morreram nas rotas de migração em todo o mundo em 2023. (Representacional))

Berlim:

O afogamento tem sido a maior causa de mortes registadas de migrantes nos últimos 10 anos, informou esta terça-feira a agência de migração da ONU, com o número de vítimas a ultrapassar os 36 mil.

Das 64 mil mortes de migrantes registadas na última década, quase 60 por cento estavam ligadas a afogamentos, de acordo com um relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU.

Destas mortes no mar, mais de 27 mil ocorreram no Mediterrâneo – uma rota seguida ao longo dos anos por muitos migrantes que tentavam chegar ao sul da Europa vindos do norte de África.

Os números do relatório eram provavelmente uma “fração do número real”, disse a OIM, embora muitos dos dados estivessem incompletos.

O Mediterrâneo era uma “região extremamente perigosa e as viagens são extremamente arriscadas”, disse Andrea Garcia Borja, analista de dados da OIM, a jornalistas em Berlim.

Mas totais relativamente maiores na região reflectiram, em parte, esforços de monitorização mais intensos, disse Garcia.

Os números para o Mediterrâneo estão provavelmente “mais próximos da realidade” do que para outras regiões mais difíceis de monitorizar, como o deserto do Saara, onde é difícil obter dados fiáveis, disse ela.

Das mortes e desaparecimentos registados, duas em cada três permaneceram não identificadas, segundo a OIM.

E em mais de metade de todos os casos, a OIM não conseguiu sequer estabelecer o sexo ou a idade do migrante.

Nos casos em que a origem do migrante pôde ser identificada, pouco mais de um terço veio de “países em conflito ou com grandes populações de refugiados”.

A figura destaca “os perigos enfrentados por aqueles que tentam fugir de zonas de conflito sem caminhos seguros”, afirmou.

Mais de 8.500 pessoas morreram nas rotas migratórias em todo o mundo em 2023, tornando-o o ano mais mortal desde que a OIM começou a recolher dados, há uma década.

Até agora, em 2024, os números “não eram menos alarmantes”, disse a organização.

Para a rota do Mediterrâneo, o número de chegadas diminuiu em relação a 2023, mas “o número de mortes é quase tão elevado como no ano passado”.

A OIM afirmou que há uma “necessidade urgente de capacidades reforçadas de busca e salvamento”, bem como de “vias migratórias seguras e regulares” para evitar mais mortes.

No mar, é necessária maior assistência aos migrantes em perigo, “em linha com o direito internacional e o princípio da humanidade”, afirmou a OIM.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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